segunda-feira, 7 de julho de 2014

 Professora Pesquisadora do IFPR-Palmas descobre novas espécies de moscas no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas

Allograpta-sp-nov-1/Foto:Adriana Couto Pereira (Arq. pessoal)
Duas novas espécies de moscas foram descobertas pela professora Adriana Couto Pereira Rocha, do IFPR Câmpus Palmas, em parceria com o doutorando Marcoandré Savaris, da Universidade Federal do Paraná. Ambos coordenam o projeto “Caracterização da comunidade de Diptera do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas – REVIS-CP”, local da pesquisa.
O projeto, começou em 2012, e as primeiras coletas foram feitas em setembro do mesmo ano. As novas espécies ainda não têm nomes científicos, mosca-das-frutas e mosca-das-flores, foram coletados em março e outubro de 2013. Entretanto, a confirmação de que são de fato novas espécies ocorreu apenas em abril deste ano.
“A mosca-das-frutas não tem importância econômica, ou seja, não é praga, mas traz consigo uma relevância ecológica”, ressaltou o pesquisador Marcoandré Savaris.
As duas novas espécies são de possível importância agrícola. Mas, para saber especificamente sobre suas funções ambientais, ainda serão necessários mais estudos que esclareçam seus ciclos de vida, sua biologia, entre outras características.

Plaumannimyia pallens, do gênero e próxima
da nova espécie encontrada no RVS-CP.
O próximo passo a ser tomado pelos pesquisadores será o de nomear e descrever adequadamente as novas espécies, o que é um trabalho minucioso e especializado. Eles ainda terão que voltar ao campo em março do ano que vem, a fim de respeitar a sazonalidade, para tentar coletar mais insetos, pois uma boa descrição exige pelo menos um macho e uma fêmea em boas condições. Isto feito, os resultados serão publicados em uma revista acadêmica da área.
“O estudo confirma os Campos Sulinos como um ambiente pouco explorado e com potencial para apresentar mais espécies endêmicas (o que é específico de uma determinada região). Isso é extremamente importante para justificar a existência de unidades de conservação na região, como a REVIS-CP”, afirma a professora. Espera-se que mais espécies sejam confirmadas como novas e também haja uma análise mais abrangente do ambiente onde a mosca-das-flores e a mosca-das-frutas foram descobertas. O projeto deve ser concluído em 2016.

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